quinta-feira, 25 de novembro de 2010


Em 13 de Agosto de 1963 foi iniciada a construção do muro. Com mais de 155Km.


Começara a Guerra fria entre os lados oriental e ocidental. As pessoas eram proibidas de passar para o outro sector. A Alemanha acabara de ser dividida.
A infelicidade das pessoas e a sua revolta observava-se nos seus olhos.
O descontentamento das famílias era bastante óbvio. Do dia para a noite muitas famílias foram separadas. Por mais manifestações que poderiam fazer nada iria mudar.
Algumas pessoas planeavam a sua fuga para o outro lado. Umas conseguiram, outras não. Quem tentasse e fosse apanhado pela polícia iria custar-lhe muito.
As criação do muro não respeitos casas, prédios ou ruas.
Após a criação do muro, existiu um colapso do bloco soviético. O colapso fez com que, em 9 de Novembro de 1989, o muro fosse destruído.
Ainda hoje celebrado, o dia do derrubo do Muro de Berlim, é um facto historio. Não se tratava apenas de deitar abaixo uma parede. A sua queda trouxe, como bagagem, a felicidade de muitas famílias.
Era o fim da Guerra Fria. Depois de muito esforço, por parte das pessoas, o seu maior objectivo estava concebido.
O Muro de Berlim ficou a ser conhecido como um símbolo histórico da Guerra Fria.


Em 9 de Novembro de 2009, fez 20 anos que toda a guerra acabou.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Irene Lisboa

Irene do Céu Vieira Lisboa (1892-1958)



Escritora e pedagoga portuguesa, nascida no Casal da Murzinheira, concelho de Arruda dos Vinhos). Teve uma infância sem pobreza. Foi educada no Convento do Sacramento, que não lhe agradou. Estudou em Lisboa no Colégio Inglês até aos treze anos.
Frequentou o Liceu D. Maria Pia, onde conheceu a sua amiga e companheira Ilda Moreira. Com o curso do Magistério Primário, começou a leccionar. “O seu destino literário é, entre os destinos literários infelizes, um dos mais marcados pelo infortúnio e pela injustiça”. Escritora de primeiríssima água, como reconheceram José Rodrigues Migueis, Gomes Ferreira, João Gaspar Simões. Publicou aos 20 anos no jornal Educação Feminina os primeiros versos. "Irene Lisboa exerceu a profissão na capital até ao momento em que, juntamente com a sua colega e amiga Ilda Moreira, aceita o desafio de reger classes de ensino infantil criadas nas escolas oficiais. Parte para Genebra, mercê de uma bolsa do Instituto de Alta Cultura, especializando em Pedagogia. Deixou uma obra que se estende por contos, crónicas, poemas, artigos sobre educação e ensino. Foi uma narradora insuperável do quotidiano. Usou o pseudónimo de João Falco, Manuel Soares e Maria Moira. Por motivos políticos foi afastada do ensino aos 48 anos. Os mais conhecidos sucessos desta autora foram «Um Dia e Outro Dia», 1936; «Esta Cidade!», 1942; «Uma Mão Cheia de Nada e Outra de Coisa Nenhuma», 1955 e «Voltar Atrás Para Quê?», 1956. Deixou obra vasta na área da pedagogia.



Chuvoso maio!


Deste lado oiço gotejar
sobre as pedras.
Som da cidade ...

Do outro via a chuva no ar.
Perpendicular, fina,
Tomava cor,
distinguia-se
contra o fundo das trepadeiras
do jardim.
No chão, quando caía,
abria círculos
nas pocinhas brilhantes,
já formadas?
Há lá coisa mais linda

que este bater de água
na outra água?
Um pingo cai
E forma uma rosa...

um movimento circular,
que se espraia.
Vem outro pingo
E nasce outra rosa...
e sempre assim!


Os nossos olhos desconsolados,
sem alegria nem tristeza,
tranquilamente
vão vendo formar-se as rosas,
brilhar
e mover-se a água...

Cântico Negro - interpretação do poema

"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces

Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)

E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...


A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe


Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...


Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...


Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.


Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...


Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...


Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.


Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!




O poema de José Régio, “Cântico Negro”, encarado como uma contestação ou negação de um preconceito. Por si, ele transmite uma ideia de independência e autonomia , podendo assim utilizar o seu instinto e é de imediato composto por dois elementos.


O primeiro elemento é “cântico” que deixa transparecer uma ideia de hino em homenagem a um ente da natureza divina. O vocabulário “cântico”, embora entendido como poema, lembra a voz, lembra um acto de falar.


O segundo elemento é “negro”, que pode ser interpretado igualmente de diferentes maneiras, tais como algo escuro, sombrio, algo do mal e/ou condenado.


O poema nega o básico, nega o habitual. A busca da originalidade e de um caminho particular leva José Régio a obrigar a sua própria consciência e a perceber que cada um vai por si mesmo, podendo descobrir orgulhosamente quem e como é, buscando assim um lugar paralelo.

Vai ser esta eterna perseguição seguida duma eterna fuga que vai manteve régio são, coerente e sôfrego de conhecer o Real.

Critica ao livro de Valter Hugo Mãe

"O Nosso Reino"


Valter Hugo Mãe, no livro "O Nosso Reino", o seu primeiro livro publicado, apresenta uma escrita diferente do que, por mim, é habitualmente visto.
O autor, escreve as suas obras com letras minúsculas, na minha opinião, esse método não tem razão de ser.
O facto de escrever desta maneira, torna o livro bastante confuso, fazendo com que o leitor o releia novamente para que o passe a compreender. O autor não utiliza mais sinais de pontuação a não ser, virgulas e ponto-finais.
A linguagem que Valter Hugo Mãe utiliza, por vezes, é um pouco inadequada mas bem visto e analisada correctamente torna a leitura mais interessante em vários capítulos. 
"O Nosso Reino" é um livro com uma história misteriosa, aborda assuntos ficcionados e interessantes em algumas partes. O que mais me alertou e despertou a minha atenção foi o facto de só desvendarem o nome no narrador quase no final da história. O narrador retratava bastante a morte, e instensificava o seu medo em relação a ela.
A história fala em geral das várias mortes que aconteceram naquele local, como que se a própria morte perseguisse o seu reino.
A personagem que mais me chamou a atenção foi o homem mais triste do mundo, uma personagem inventada pelo autor, cujo sua missão era levar os corpos dos vários mortos.
Na minha opinião, o livro não é bem o meu género de leitura, embora tenha um tipo diferente de escrita, não me manteve interessada durante toda a história.

Carta ao Presidente

Exº Sr. Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva


Venho por este meio expressar o meu descontentamento em relação à entrega de subsídios escolares a famílias não necessitadas.
No país existem inúmeros casos de famílias cujo as dificuldades em comprar materiais e livros escolares são mais excessivas, no entanto, não lhes é fornecido o subsídio escolar.
Outras famílias, a quem não é necessário o subsídio, são beneficiadas por terem um familiar no estrangeiro ou mesmo pais divorciados, pois não lhes é contabilizado os dois ordenados.
Na minha opinião, os responsáveis pela entrega de subsídios e análise dos orçamentos das famílias deveriam de ter em conta todos os ordenados possíveis. Deste modo, já não haveria injustiças perante os alunos. 
A ajuda na compra de materiais, livros e nas refeições da escola são contudo bastante importantes para quem não tem possibilidades de requirir tudo isso.
Poderia abordar outros casos mas acho que este é bastante importante, e deveria ser alertado. O facto de ajudarem quem não precisa preocupa-me enquanto cidadã.


Agradeço o seu tempo e dedicação.


Batalha 11 de Junho de 2010


Sinceros cumprimentos, 
Mónica Rino 

domingo, 21 de março de 2010

Composição: Viagem a Santiago

Encantado com o convite, acompanharei a rainha até Santiago de Compostela. Como trovador, irei apresentar o meu trabalho, baseado em literatura portuguesa, à minha Sra.. Pretendo encantá-la com todas as minhas cantigas líricas. Com todo o amor e amizade, prometo a mim próprio, animá-la.

Encontro-me já na carruagem, acompanhado pela rainha e pelas suas aias, uma delas bastante formosa, que despertou em mim sensações nunca antes sentidas. Trago comigo os meus instrumentos, a cistre e o alaúde.
Começei então por dizer:

- Minha Sra., estou grato por este convite, tão nobre. Espero agradá-la.

- Encantada caro trovador. Não espero outra coisa de si.

Mal me apresentei a seu serviço, coloquei minhas mãos nos intrumentos, e já dava por mim a cantar uma das minhas obras. Atrás de uma, vinha outra. Até que olhei para a rainha, que se encontrava com seus olhos brilhantes, e disse:

- Minha senhora, espero estar a cumprir a minha promessa.

- Trovador, diga-me. Diga-me onde foi desencantar seu talento, um jovem tão bonito e formoso, com uma voz magnifica.

Vi então que a rainha estava encantada com as minhas canções, esperava mostrar lhe tudo, mas se não fosse nesta viagem, mais oportunidades viriam, tenho a certeza. Trago sempre comigo o meu cancioneiro, onde, até hoje fazem parte mais de 70 canções. Orgulho-me delas e espero poder mostrá-las com o devido tempo.

A viagem corria lindamente, até que acabavamos por ter um pequeno acidente. Onde a rainha acabaria por se magoar devido ao violento abalo. Preocupado fui logo a seu encontro juntamente com a sua bela aia. Ficou tudo bem e a viagem continuou. Meus olhos brilhavam enquanto olhava para a esbelta aia.

Chegáramos ao destino. Santiago de Compostela, sitio religioso e propício de uma rainha como a Minha Sra.

Fizerera de imediato amizades, e contara também diferentes momentos da minha vida que me faziam escrever. Apresentara os meus versos como septissílabos, que faziam qualquer pessoa feliz.

Mais tarde, ainda em Santiago, ganhara coragem para falar com a aia, e demontrara-lhe o meu interesse pela jovem.

Já a caminho de Portugal recordava os momentos. O caminho foi animado onde dava por mim a cantar de novo para a senhora.

Mal chegara aos meus aposentos, escrevi umas das canções mais belas e com o maior sentimento. Só me restava um jogral para me divulgar, não pedia mais nada. Mas tudo iria acontecer, tempo a tempo.

Auto-biografia






Mónica Gaspar Rino, 15 anos.
Filha de Arnaldo da Conceição Rino e Lúcia Maria Brás Gaspar.

Às 12:17h, nascia eu, dia 6 de Junho de 1994, no Hospital Manuel Aguiar em Leiria. Mês de primavera. Com 3,200kg e 48 centímetros.
O meu pai, nacionalidade angolana com 41 anos e a minha mãe portuguesa com 41 anos, também.
Tenho uma irmã, mais nova de 2 anos, com o nome de Lara Gaspar Rino.



- Não sou católica, nem religiosa. O meu percurso religioso, nunca se iniciou. Quando nasci não fui baptizada, e acabo por não me importar. Sou feliz como sou e não é com o baptismo que vou deixar de ser como sou.
Fazia eu 4 meses quando fui acompanhada pela minha ama, Marília Isidoro, que hoje ainda considero como uma segunda mãe, até entrar no 2ºciclo.


Antes dessa etapa, com 3 anos entrava eu para a pré-primária, nos Casais dos Ledos, até aos meus 6 anos. Um tempo da minha vida onde conheci o conceito de amizade.
Mais tarde, já com 6 anos, entrava eu, pela primeira vez, numa escola onde acabava por fazer o meu 1ºciclo. Fiz amigos, brinquei, fizera tudo o que tinha a fazer, mas principalmente aprendi.
A minha infância marcava-se deste modo. Era feliz, posso dizer.
Acabava eu o meu 4ºano, quando o medo de mudar de escola novamente, começava a despertar. Tudo era diferente, o ambiente era diferente, as crianças e as pessoas. Era normal ter receio, a final de contas, ainda era uma pequena rapariga que ainda tinha muito que aprender, ainda hoje tenho.

Entrava então na Escola Básica 1,2 Mouzinho de Albuquerque, na Batalha. Fazia então, o meu 5º e 6º ano naquela escola. Fazia as melhores amizades de sempre. 














A partir do 7ºano, fazia o meu percurso escolar na Escola Secundária da Batalha, onde ainda hoje permaneço, mais uma mudança. Esse ano (7ºano), fazia com que eu entrasse numa das melhores modalidades de desporto, a competição começava por me entrar nas veias, o Atletismo. O atletismo ainda hoje faz parte dos meus planos para o futuro entre outras coisas.


Hoje, estou no 10ºAno, no curso de Ciências e Tecnologias, não pretendo ser cientista, mas também não pretendo acabar a minha vida num emprego que não me dê saída. Tenho planos e ambições para o meu futuro.