segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O que é a literatura?


Literatura é o abstracto e o concreto.

É o ser e o não ser.

É algo ultra versátil.


Uma arte que nasce com o escritor. Simplesmente, uma emoção. São ideias.
A literatura utiliza figuras de retórica, lógicas filosóficas, metáforas, representações abstractas, técnicas e ciências, para alcançar o inatingível e aproximar-se do real tangível. Em função de uma ideia peregrina de verdade hipotética, que se acredita ser possível existir algures e captar, através do esforço titânico da inteligência, com a qual se pretende estar sintonizado numa coerente percepção mental.
As palavras são códigos que o leitor tenta desvendar. É uma transmissão de amor para o papel. É uma obra bastante reconhecida, admirada e sincera.
Em texto, ela se manifesta.

A literatura é para quem lhe dá o devido valor e faz dela um bom proveito. Não para quem a subestima.
Para ler é preciso reflectir, é preciso gostar.
Nela pode se transmitir tanto uma vida como um episódio.
Utiliza escritos narrativos, históricos, críticos, de eloquência, de fantasia, de poesia, etc.

Imigração





A imigração está a ser cada vez mais uma opção diária. Uma vida melhor, com melhores condições, uma procura.

Abandonam o seu país, por vezes a miséria em que vivem, o pouco que têm. Arriscam sem olhar para trás. Trabalham, muitas vezes ilegais, para poderem dar de comer às suas famílias.
Escravizados, aproveitados, procuram ter condições. Defrontam um novo mundo.
Portugal, nos últimos anos, tem sido um acolhimento para os imigrantes. As taxas de imigração aumentam cada vez mais em cada dia que passa.
Os imigrantes aceitam todo o tipo de trabalho. A honestidade, o bom senso, um simples trabalho que muda uma vida.
OS portugueses, “os verdadeiros”, culpam os imigrantes pelo desemprego que enfrentam. Apenas não sabem aproveitar e dar valor ao que lhes é oferecido. A vergonha fala mais alto.
Muitas vezes os imigrantes são discriminados. Chamados de intrusos.
A Europa e a sua crise é o principal factor do surto de imigração.

A fala

A Fala

Sou de uma Europa de periferia
na minha língua há o estilo manuelino
cada verso é uma outra geografia
aqui vai-se a Camões e é um destino.

Velas veleiro vento. E o que se ouvia
era sempre na fala o mar e o signo.
Gramática de sal e maresia
na minha língua há um marulhar contínuo.

Há nela o som do sul o tom da viagem.
O azul. O fogo de Santelmo e a trombade água.
E também sol. E também sombra.

Verás na minha língua a outra margem.
Os símbolos os ritmos os sinais.
E Europa que não mais Mestre não mais.


Manuel Alegre


No soneto “A fala” de Manuel Alegre, o autor invoca a importância do seu país. Portugal, uma pátria.
Destacando, em algumas citações, Lusíadas, a grande história dos portugueses.
Manuel Alegre defende o nosso país nunca temendo no que cita. O autor impõe a nossa língua como o nosso grande valor, ao dizer “verás a minha língua a outra margem”, relacionando o soneto aos descobrimentos. Com esta citação tem como intenção dizer que Portugal foi um grande comandante nos descobrimentos, deixando marcas da sua presença. A língua.
“Somos de uma Europa de periferia”, descreve Manuel Alegre. O autor quer admirar o nosso país. Fazemos parte de um círculo (Europa), mas não somos comandados por ele. Somos capazes de levar avante a nossa posição. Somos autónomos.